Club dos Terríveis

Lições de estratégia do lendário general chinês Tu Sifu

Postado por Simão Pessoa

Por Edson Aran

O general chinês Tu Sifu serviu ao imperador Yakisoba nas batalhas que levaram à unificação dos reinos de Feng e Chuí há 4.000 anos. Ao se aposentar, dedicou-se à criação de frango xadrez e ao cultivo de guioza. Tu Sifu também escreveu um tratado sobre estratégia que é leitura obrigatória entre gerentes de vida vazia. Conheça “A Arte da Guerra de Tu Sifu”.

Tu Sifu disse: Identificar o inimigo é essencial na arte da guerra. Lembre-se: se alguém usa um uniforme igual ao seu… amigo. Mas se a roupa for diferente… inimigo. Concentre-se nisso e não haverá erro.

Se o inimigo está perto, afaste-se. Se está longe, aproxime-se. Se está no meio, ultrapasse. Se está à sua frente, recue. Se está atrás, corra.

A glória suprema consiste em quebrar a resistência do oponente sem lutar. Instrua seus soldados a perguntarem ao inimigo se onde ele comprou sua bela armadura tinha pra homem. Quando o inimigo, tomado de ira, responder “por quê, quer comprar pro seu?”, o exército experiente deve retrucar: “não, quero comprar pra tua mãe, aquela velha sapatão que passa o dia no TikTok!”

Nunca, mas nunca mesmo, monte seu acampamento dentro de um rio.

Depois de atravessar um rio, afaste-se dele. O guerreiro experiente deixa para tomar sol só depois de vencer a guerra.

Fu Kin conta a seguinte história sobre Kin Fu, general do imperador Fin Ku (321-213). Desejoso de esmagar Fu Kin, o general Kin Fu mandou seus espiões observarem o inimigo na cidade de Fi Kun. Os espiões entenderam errado e foram a Fun Ki. Como as defesas eram fracas, sugeriram a Kin Fu que marchasse contra Fi Kun. Maldito erro! Fu Kin tomou Fi Kun e Fun Ki, derrotou Kin Fu e humilhou Fin Ku.

Há cinco maneiras de usar o fogo numa batalha. A primeira é queimar o acampamento inimigo. A segunda é queimar as provisões. A terceira é atirar fogo sobre o inimigo. A quarta é ficar de fogo quando o inimigo avança. A quinta é gritar “fogo!” e sair correndo.

Ao confrontar o inimigo no campo de batalha, diga: “Ei, o que é aquilo atrás de você?”. Quando ele olhar, ataque-o sem piedade.

Há 22 séculos, ao invadir a província de Chop Suey, o general Yumi Fu desprezou a cidade de Gua Bao. Quando instado a atacar, Yumi Fu respondeu: “A cidade é fortificada. Melhor dar a volta e entrar por trás.” Mas Gua Bao era uma cidade de boa família e, ao perceber o avanço furtivo de Yumi Fu, desesperou-se e abriu a porta da frente. Assim deve proceder o guerreiro inteligente: insistir na entrada mais difícil para liberar a mais fácil.

O guerreiro eficaz é decidido como um texugo ao enfrentar uma serpente. Isto é, decidido como o rio que corre rumo ao mar. Ou melhor, decidido como o fogo ao devorar uma floresta. Quero dizer, decidido como a chuva que cai impiedosa sobre os campos de arroz.

Ao emprestar dinheiro aos seus soldados, só o faça depois de vencer a batalha.

O guerreiro habilidoso procura confundir o inimigo com metáforas sem sentido. Seja como o bambu que cerca o rio sem açoitar as borboletas.

Sobre o Autor

Simão Pessoa

nasceu em Manaus no dia 10 de maio de 1956, filho de Simão Monteiro Pessoa e Celeste da Silva Pessoa.
É Engenheiro Eletrônico formado pela UTAM (1977), com pós-graduação em Administração pela FGV-SP (1989).
Poeta, compositor e cronista.
Foi fundador e presidente do Sindicato de Escritores do Amazonas e do Coletivo Gens da Selva.

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