Memória Viva

Mouzar Benedito dá a real sobre a morte de Henfil

O cartunista Henfil, irmão de Betinho e de Chico Mário, ambos vítimas da aids
Postado por Simão Pessoa

Parceirinho 100% (sempre que vou a Sampa dou um jeito de biritar com ele), geógrafo e jornalista, mineiro de Nova Resende, Mouzar Benedito é o quinto entre os dez filhos de um barbeiro e uma dona de casa. Trabalhou ou colaborou em mais de trinta jornais e cerca de trinta revistas. Na imprensa alternativa participou do Versus, Em Tempo, Pasquim, Mulherio, Brasil Mulher e vários outros jornais. Na grande imprensa, trabalhou no Guia Rural Abril, Gazeta de Pinheiros (não tão grande mas muito influente), DCI. Na TV, foi editor regional do Jornal do SBT em Brasília e trabalhou na coordenação de rede da TV Record, em São Paulo.

Publicou 52 livros, o primeiro deles, de causos, “Santa Rita Velha safada”, em 1987, com apresentação do Henfil. Os temas de seus livros são variados, como causos (5 livros), romances (entre eles, “O voo da canoa – aventura e mistério no caminho do Peabiru”, em parceria com Ohi, “Pobres, porém perversos”, “Chegou a tua vez, moleque!”), cultura popular (entre eles, “Saci, o guardião da floresta” e “Palavra de Caipira”, em parceria com Ditão Virgílio e Ohi), minibiografias de Luiz Gama, Barão de Itararé e Gino Meneghetti, a ditadura (“1968, por aí… Memórias burlescas da ditadura”, “Ousar Lutar – memórias da guerrilha que vivi”, em parceria com José Roberto Rezende, besteirol (entre eles, “Pequena enciclopédia sanitária”) e uma série policial, com pseudônimo Saphira Mind, tendo como personagem principal o detetive Bill Ferrer.

Ele considera as maiores glórias do seu currículo ter sido jurado do Festival de Cachaça de Sabará, em 1987 e ser um dos fundadores da Sosaci – Sociedade dos Observadores de Saci (2003), com sede em São Luiz do Paraitinga. Atualmente colabora no blog da Boitempo Editorial e no site da revista Fórum e é colunista da Rádio Brasil de Fato e na revista literária Conhece-te.

Nessa entrevista dada à Associação dos Quadrinistas e Caricaturistas (AQC) de São Paulo, ele conta o que levou Henfil a deixar São Paulo para morar no Rio de janeiro, onde contraiu o vírus de HIV que o levaria à morte.

Como você conheceu o trabalho do Henfil? E o próprio cartunista em carne, osso e tiração de sarro? Lembra da ocasião?

Conheci o trabalho do Henfil pelo Pasquim. Os Fradinhos causaram um impacto enorme, não só em mim, acho que em tudo quanto é leitor. Depois veio a Graúna, o Zeferino, o bode Francisco Orellana… a gente se deliciava. Quando comecei a colaborar no Pasquim, em 1976, se me lembro bem, o Henfil morava no Rio Grande do Norte, não o conheci pessoalmente. Eu mandava meus textos para o Pasquim pelo correio, algumas vezes que fui ao Rio de Janeiro dei uma chegada à redação do jornal. Na primeira vez, me surpreendi: achava que ia encontrar todo mundo farreando na redação, mas não era nada disso. Estavam trabalhando em silêncio, cada um ocupando uma mesa, só o Jaguar destoava, era mais anárquico. Como eu trabalhava também no Versus, um jornal “sério”, achava gozado. Algumas pessoas achavam que no Versus a gente era tudo sério, só fazia discussões intelectuais e que no Pasquim era uma gandaia. E era quase que o inverso. Na redação do Versus, sim era uma quase farra, com gente bebendo, namorando no quintal ou no porão… Lá por 1980, conheci o Henfil “em carne e osso”. Foi quando a Global Editora propôs ao Quino a publicação da Mafalda aqui, o Quino disse que só toparia se o Henfil fosse o tradutor. Mas o Henfil não tinha tempo pra isso. O Paulo Schilling tinha acabado de voltar do exílio e publicou uns livros pela Global, e ficou sabendo disso. Sugeriu ao Zé Carlos, dono da editora, que eu fizesse a versão para o português e o Henfil desse um tapa, para sair de acordo com o que o Quino queria. Todo mundo topou e marcaram um almoço num restaurante em forma de caravela que tinha perto da avenida 23 de Maio. E nesse almoço me vi diante de dois dos meus maiores ídolos, o Henfil e o Quino, além do dono da editora.

Qual foi o impacto ao ver seus Quadrinhos?

O impacto, como já disse, foi enorme. Com traços quase minimalistas e uma certa agressividade, atraía demais. Seus quadrinhos tornaram-se referência, eram deglutidos com ânsia. Tanto que uma vez o Henfil se sentia cansado de fazer os Fradinhos e os “matou” atropelamento. Publicou isso no Pasquim, mas teve que ressuscitar os dois. E depois veio o Cabôco Mamadô, que não perdoava ninguém que flertasse com os ditadores. Chupava o cérebro deles. Chupou o cérebro de muita gente, até da Elis Regina, que fez uma concessão uma época, não me lembro qual. Depois, soube-se que ela foi chantageada pela ditadura e ela e o Henfil se tornaram amigos.

O que chamou mais atenção o humor escrito, as gags visuais ou o traço?

Seus quadrinhos chamavam a atenção pelo traço, inicialmente. Mas depois a gente era pego pelo conteúdo. O sadismo do fradinho Baixinho e a “bondade” do Cumprido faziam a cabeça da gente. O Cumprido sempre se ferrava. Depois, morando no Nordeste, ele usou a Graúna, o bode Francisco Orellana e o Zeferino para mostrar a realidade da região de uma forma lúdica, mas muito crítica.

Como foi trabalhar com Henfil na versão em português da Mafalda? Como a editora Global procurou vocês? Ele mudava alguma coisa da sua tradução? E os prazos? Tem alguma história pitoresca?

Já contei sobre nosso primeiro contato na primeira pergunta. O Henfil propôs ao Quino que a gente fizesse uma versão meio em portunhol, na edição brasileira. Argumentou – e eu pensava isso também – que a Mafalda era totalmente argentina, as versões da revista que tentaram naturalizá-la perdiam a força. Vi versões de Portugal e da Itália e achava isso. Não era a mesma coisa. O Quino acabou topando e fizemos a versão mantendo a acentuação em espanhol, com ponto de exclamação e de interrogação de cabeça pra baixo no começo de frases em que esses pontos entravam no fim, e mantivemos algumas palavras originais, quando eram inteligíveis para o leitor comum. Levava a tradução para o Henfil, que morava num apartamento em Higienópolis, ele dava uma geral e mandava para a editora. Eu tinha argumentado com o Zé Carlos, dono da Global, que o tipo de letra faz parte do desenho, que era preciso que o letrista fizesse igualzinho às letras originais do Quino, mas ele resolveu economizar nisso, saiu com letras diferentes das que o Quino fazia e acho que isso diminuiu um pouco o impacto da nossa Mafalda em portunhol. Na contracapa da revista saía um quadrinho com os créditos: “Versão brasileira de Herbert Richt… Não!… Epa… É isso… Versão brasileira de Henfil e Mouzar”. Era uma brincadeira porque a Herbert Richers era responsável por muitas versões de filmes.

Qual foi a impacto dos Quadrinhos e Charges do Henfil na Imprensa Sindical? E na esquerda? E entre seus amigos? Quais eram os comentários das pessoas?

Em todos os meios, era pura admiração. Tanto pelo humor ácido quanto pelo compromisso com a democracia, com a visão de esquerda que tínhamos. Quando saiu a Mafalda e meus amigos viram que eu tinha feito a versão junto com o Henfil, ficaram pasmos, admirados, passei até a ter mais “crédito” com eles… rê-rê…

Acompanhava as entrevistas do Henfil na Imprensa? E as cartas?

De entrevistas, eu não me lembro. Lembro-me bem de suas cartas aos amigos, quando foi fazer tratamento médico nos Estados Unidos e morou lá uns tempos, muitas delas publicadas no Pasquim e depois incluídas no livro Diário de um Cucaracha. De volta ao Brasil, ele procurou as pessoas para quem tinha escrito e elas lhe entregaram as cartas, menos o Jaguar, que tinha lido e jogado fora. O Henfil ficou surpreso e acho que até meio brabo com isso, e o Jaguar lhe respondeu: “Pensei que você tinha escrito pra mim, e não pra posteridade”.

O que achou da iniciativa da Editora Noir em reunir estas entrevistas em um livro? Que efeito acha que este livro terá em você e nos demais leitores?

Acho a ideia ótima. Para a geração que conviveu com o Henfil, será uma ótima lembrança, e para os que vieram depois uma descoberta, uma revelação. Li a Guerra dos Gibis, do Gonçalo Júnior e fiz a revisão do Maria Erótica. Gostei muito dos dois e acredito que o livro sobre o Henfil vai ser igualmente ótimo e com muito conteúdo. O Gonçalo Junior é craque.

Henfil era um profissional multimídia, atuando na TV e no Cinema. Como foi atuar nas produções do cartunista em TV Homem?

Trabalhei com o Henfil na TV, dei uma de ator. Ele tinha aquele programa diário de um minuto, chamado TV Homem, dentro do programa TV Mulher, da Marta Suplicy. Uma época, a Editora Abril comprou 4 horas diárias da TV Gazeta, para programas jornalísticos e alguns outros, e levou o Henfil para lá. Nessa época, início dos anos 1980, o Pasquim estava em crise financeira e pediu aos antigos colaboradores que topassem colaborar de graça. Voltei a escrever pro Pasquim e me orientaram a, em vez de mandar os textos pelo correio, levar para o Henfil, que mandava por malote para o Rio de Janeiro. Aí passei a ter contato semanal com ele. Eu me lembro que no primeiro encontro demos muitas risadas, e o Henfil ficou meio impressionado com o meu cabelão crespo e minha barbona preta. Então me convidou para participar do programa dele na TV Gazeta. Eu ia à casa dele na segunda-feira de cada semana e seguíamos juntos para o estúdio da Gazeta, na avenida Paulista. Lá encontrava o resto da turma. Ele levava os textos de cinco programas, para passar de segunda a sexta-feira. Não tinha ensaio nenhum, Ele lia o texto, dividia as funções e a gente improvisava. Do jeito que saísse, saía… não repetia nada. Eu era péssimo ator. Um dia fiz o papel de defunto e falei pra minha namorada, a Célia: “Desta vez você não pode reclamar, fiz bem o papel de defunto”, e ela respondeu: “Fez nada. Cada vez que caía um pingo de vela na sua mão, você piscava”. Nem para fazer papel de defunto fui bom ator. Depois de poucos meses lá, a Abril tentou censurar um desses programas, o Henfil brigou, parou com o programa, fomos pra casa dele e ele me deu o livro Diário de um Cucaracha, em que fez uma dedicatória me desenhando com o corpo de uma barata, que é cucaracha em espanhol. Tenho o maior orgulho dessa dedicatória, em que me chama de bom companheiro e outras coisas. E nesse dia ele me disse que estava terminando o roteiro do filme Deu no New York Times e queria que eu fosse ator, que me levou para a TV porque queria me acostumar a ficar diante das câmaras. No filme, haveria guerrilheiros e eu tinha cara de guerrilheiro. Mas com a mudança dele pro Rio de Janeiro acabei não participando do filme. Na TV, o programa dele era tão impactante quanto nos quadrinhos. O filme acabou sendo relativamente pouco visto, mas é muito bom.

Como foi a saída de Sampa e como ele contraiu o vírus da AIDS?

Lembro aqui uma coisa… Apesar de pertencer ao governo paulista, sempre de direita, a TV Cultura tinha uma certa independência, tanto que Vladimir Herzog era diretor de jornalismo lá. Por incrível que pareça, isso mudou com a vitória do MDB nas eleições de 1982. O partido passou a controlar mais a TV Cultura. Antes da posse de Franco Montoro, o Henfil tinha proposto criar lá um programa de entrevistas, um “talk show”, como viria a ser chamado depois. Toparam. Mas no governo Montoro a TV Cultura foi entregue a uma ala do MDB que depois viria a ser o PSDB, e o Henfil foi lá para acertar o início do programa. Disseram a ele: “Como você, do PT, acha que vai ter um programa numa TV do MDB?”. Ele ficou indignado. Estive na casa dele e ele me falou que não queria ficar em nenhum lugar governado pelo PDS, partido que antes se chamava Arena e era a base política da ditadura, nem em estados governados pelo MDB, que se revelava horrível também. O único lugar não governado por esses dois partidos era o Rio de Janeiro, onde Leonel Brizola tinha vencido e o governo era do PDT. Foi um azar. Em São Paulo, Henfil tinha uma rede de amigos que lhe doava sangue quando precisava de transfusão, o que precisava muito porque era hemofílico. No Rio, não tinha. Quando precisou, foi a um hospital e recebeu plasma contaminado com HIV, já que na época não havia tanto controle. Sempre digo que se não fosse a sacanagem que o então MDB fez com o Henfil aqui, talvez ele estivesse vivo até hoje, produzindo coisas maravilhosas.

Pra você, qual é o tamanho da falta que Henfil faz?

De vez em quando penso na indignação que o Henfil teria se vivesse nos tempos atuais. E também na sua produção. Acredito que acharia caminhos para produzir trabalhos demolidores. Com certeza, não estaria quieto, improdutivo. Não era o estilo dele. Ficava o tempo todo em ação, procurando sarna pra se coçar.

As novas gerações conhecem pouco do trabalho do Henfil. Apesar de uma exposição de originais no Centro Cultural Banco do Brasil (2005) no Rio e em SP ter tido público recorde na época, o trabalho dele ainda é pouco compartilhado nas redes e os mais jovens desconhecem. O que fazer pra melhorar isso? O livro organizado pelo Gonçalo Jr pode ajudar?

Está difícil chamar parte das novas gerações para conhecer muitas coisas e muita gente que teve muita importância para nós. Mas tem uma parte da juventude que está muito boa, muito interessada, politizada, comprometida. As chamadas mídias alternativas são um caminho para chegar aos jovens, mas parece que a esquerda não está tendo tanta competência quanto a direita para trabalhar com isso. Mas vamos tentando. O Gonçalo Jr. é um escritor de primeiríssima qualidade e seus livros são muito bons. Precisamos achar uma maneira de fazer com que eles cheguem mais aos jovens. Não sei como, pois nem meus próprios livros consigo divulgar.

O Brasil hoje está ‘sick da vida’ com tantos ataques à democracia, à inclusão social, racial e de gênero, à distribuição de renda? Ou a coisa precisa piorar mais pro povo reagir?

Não acredito que chegando ao fundo do poço o povo reaja necessariamente para algo que preste. Com a manipulação das mídias sociais por uma direita truculenta mas hábil no uso delas, a gente já viu o que aconteceu em 2013, nas manifestações de maio; no impeachment da Dilma em 2016 e nas eleições de 2018, que alçou a besta do Bolsonaro à presidência. Eles sabem produzir fake news e boa parte do povo parece predisposta a acreditar mais nelas do que nas notícias verdadeiras. É bem possível que acabem atribuindo toda a desgraça produzida por essa canalha empoderada à esquerda. Não é novidade. A situação extrema de ruindade acabou gerando o fascismo na Itália e o nazismo na Alemanha. E naquele tempo eles nem tinham internet, Facebook, essas coisas que agora facilitam em muito a difusão de ódio, racismo, rejeição a direitos…

Como Henfil estaria reagindo à sanha fascista, totalitária e antidemocrática que abocanhou os três poderes?

Não sei que canal ele teria para combater isso, talvez tivesse espaço em algum jornal, como a Folha de S. Paulo, onde tem gente como a Laerte, por exemplo, que faz um trabalho excelente, avassalador às vezes. Mas seria por aí. Na TV, com certeza Henfil não teria espaço nenhum, já que está tudo ou quase tudo nas mãos de uma direita explícita. Acredito que ele criaria novos personagens de quadrinhos que provocariam a mente das pessoas, além de produzir textos também provocadores.

Henfil foi um dos fundadores do PT, que se propunha a transformar radicalmente a sociedade. Esta décima terceira pergunta é o espaço pra suas considerações, não finais, mas futuristas. É possível ainda transformar o país de forma radical? O humor entra nisso?

Há muito o PT parou de propor transformação radical da sociedade. Por causa disso, me desfiliei do partido no final de 1994. Hoje, se propõe em melhorar as coisas, sem transformar. Foi o que fez nos governos Lula e Dilma, que melhoraram bastante a vida dos pobres, deram acesso a universidades, a viagens de avião, à um mínimo de comida, com a Bolsa Família, ao tão proclamado churrasco com cerveja, a moradias… Mas os ricos continuaram cada vez mais ricos. Se foram bons governos? Claro que sim, mas minimizando os efeitos do capitalismo na vida da população mais pobre. Veja que mesmo assim muita gente passou a odiar o PT por causa disso. Parece exagero, mas não é: um pessoal de classe média que se sente de classe alta não suportava viajar de avião ao lado de pobres de sandália havaiana. Transformações radicais para um lado, digamos, positivo, estão difíceis, mas a gente não desiste, né? Vamos sonhando, com utopia, porque a vida sem utopia é muito ruim. E humor também. Sempre tento colocar humor em tudo o que faço, seja em livros ou matérias jornalísticas. O que essa gente cheia de ódio e esse governo negacionista querem é que a gente se sinta mal, triste, sem humor. Se a gente ficar assim, é uma alegria pra eles. Então, acho que o humor é revolucionário, nestas circunstâncias. Um humor comprometido com a evolução, com a dignidade humana, contrário à ditadura, ao pensamento terraplanista dominante….

E sobre a pronúncia do nome. Você o chamava de Henfil ou Rênfil, como uns e outros?

A pronúncia do nome dele é Enfil. Havia já naquela época, e há mais hoje, uma tendência a “americanizar” a pronúncia de nomes e alguns falavam dele como o Rênfil. Umas pessoas que queriam mostrar uma certa intimidade com ele o chamavam como Henriquinho, pois seu nome era Henrique de Souza Filho, e a família o chamava de Henriquinho. Acho gozado essa tendência de dar pronúncia gringa aos nomes e a objetos, canais de TV… HBO, por exemplo, eu falo Agá Bê Ó, mas vejo muita gente falando Eigi Bi Ôu… Tenho uma parceria com o cartunista e ilustrador Ohi em muitos trabalhos e muita gente não sabe como pronunciar o nome dele, que é Ói. Já vi gente pronunciando Órri, e uma vez o chamaram de Orrai. Pois é…

Sobre o Autor

Simão Pessoa

nasceu em Manaus no dia 10 de maio de 1956, filho de Simão Monteiro Pessoa e Celeste da Silva Pessoa.
É Engenheiro Eletrônico formado pela UTAM (1977), com pós-graduação em Administração pela FGV-SP (1989).
Poeta, compositor e cronista.
Foi fundador e presidente do Sindicato de Escritores do Amazonas e do Coletivo Gens da Selva.

Leave a Comment