No último sábado, 6, o brother Zé Carlos Braga promoveu uma pequena confraternização musical-etílica no anexo do Bar Porta Aberta, na Av. Silves, para festejar a ida a Portugal de seu filho Djedah Braga, 18 anos, considerado o melhor violonista da nova geração. O talentoso Djedah vai permanecer três meses na terrinha, estudando violão com alguns dos melhores músicos portugueses que tiveram como mestre o violonista espanhol Paco de Lucia.
Entre os convidados que abrilhantaram a confraternização estavam alguns dos mais representativos membros da esquerda democrática manauara: o ativista ambiental Miguel Brandt, os músicos Célio Cruz e Torrinho, o professor universitário Ademir Ramos, um dos cardeais da saudosa “Pastoral Erótica”, o empresário Tadeu Gomes e o ex-secretário de Estado de Movimentos Populares e Sociais Zeca do PT, entre outros. Bebidas e comidas dando no meio da canela. Som da melhor qualidade. Enfim, uma festa bonita com pessoas interessantes.
O panavueiro começou às 13h, com o DJ Klebinho comandando as carrapetas com o melhor da MPB: Pessoal do Ceará, Secos e Molhados, Djavan, Chico Buarque, Alceu Valença, Noite Ilustrada, Monsueto, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Gilberto Gil, Tom Jobim, Vinicius & Toquinho, etc.
Por volta das 17h, Djedah assumiu o comando da fuzarca e durante quase uma hora eletrizou os presentes com sua habilidade no pinho, tanto fazendo releituras personalísticas de músicas clássicas como exibindo composições da própria lavra. Sim, o moleque é uma virtuose!
Zé Carlos Braga e Djedah
Segundo matéria assinada pelo jornalista Pedro Tavares, na edição nº 305, da revista Piauí, de outubro do ano passado, “um anjo apareceu em sonho ao servidor público José Carlos Pereira Braga, dizendo que ele seria pai de um menino, que deveria se chamar Jeddah – nome de uma cidade da Arábia Saudita onde, de acordo com alguns muçulmanos, estaria sepultada Eva, a primeira mulher. Braga, que não é muçulmano, mas admira a cultura árabe e as religiões orientais, adotou o nome sugerido pelo anjo, com uma adaptação na grafia: seu filho, nascido em 2005, em Manaus, chamou-se Djedah.”
Reza a lenda que Djedah começou a tocar violão “de ouvido” aos 10 anos. O pai lhe presenteou com um pequeno instrumento infantil e o menino se arriscou a aprender sozinho em casa os acordes do tema do famoso desenho animado “A Pantera Cor-de-rosa”. Conseguiu. Na sequência, ganhou do pai um violão de verdade e não parou mais de explorar o instrumento, transformando-se num autodidata de alto coturno. Hoje ele toca com perfeição do erudito ao clássico e compõe suas próprias músicas durante o tempo livre.
“Minha principal inspiração musical é o Heitor Villa-Lobos. No violão, Baden Powell, Yamandu Costa e Raphael Rabello. Mas também gosto muito do cancioneiro popular, tendo Chico Buarque e Caetano Veloso entre minhas preferências musicais”, diz o violonista.
Depois de ter participado com sucesso do São Paulo Fashion Week e conquistar admiradores do porte de Toninho Horta e Guinga, Djedah não vê a hora de chegar o dia 13 de julho, no próximo sábado, quando irá atravessar o Oceano Atlântico sozinho, tendo como acompanhante apenas seu inseparável violão. Que os deuses o acompanhem nessa odisseia e o façam brilhar nas plagas lusitanas porque ele faz por merecer. Axé!
Simão, com sua “pena” sempre atenta e iluminada a produzir material da melhor qualidade!