Caxuxa Blues

Banda da Caxuxa bate recorde de público

Postado por Simão Pessoa

A 8ª Edição da Banda da Caxuxa, que aconteceu na última terça-feira, na Rua Parintins, entre as ruas Borba e Carvalho Leal, teve recorde de público, apesar das estatísticas não serem muito precisas quanto ao número exato de foliões: 500 mil (segundo o DataFolha), 250 mil (segundo o Ibope), 50 mil (segundo a GloboNews), 5 mil (segundo o site No Amazonas É Assim) ou 2 mil (segundo Zé do Churrasco, que lavou a égua).

De acordo com Kátia Flávia, a mulata belzebu responsável pela distribuição dos 60 microempresários ao longo da passarela do carnaval, as comidas e bebidas das barraquinhas terminaram por volta das 10 horas da noite. “Quem veio comercializar seus produtos durante a festa se deu bem”, disse ela. “Todo mundo bamburrou e elogiou a festa!”

O panavueiro, que este ano contou com o apoio da Prefeitura de Manaus, começou pontualmente às 17 horas, com a Banda de Metais Number Two enfileirando uma sequência de frevos para não deixar ninguém parado: “Cabelo de Fogo”, “É De fazer Chorar”, “Recife (Frevo Nº 1)”, “Isquenta Muié”, “Evocação Nº 1” e “Metendo Antraz”.

Daí em diante, a folia pegou fogo porque o naipe de sopros da banda (dois trombones, dois saxofones e dois trumpetes) tirou a galera do chão. Foram duas horas de folia, que contagiou todo mundo. Até quem estava trabalhando, tirou um tempo para se mexer.

O fuzuê parou por dez minutos para que os homenageados subissem ao palco para receber seus troféus de “Honra ao Mérito” pelos bons serviços prestados à comunidade. O engenheiro Roberto Amazonas fez a saudação ao funcionário público aposentado Carlito Bezerra e ambos foram bastante aplaudidos. O outro homenageado, advogado Vilson Benayon, não deu as caras e também não foi saudado. Acontece.

Na sequência, Auzier do Samba, junto com a banda Faixa Nobre, assumiu o microfone e deu um show simplesmente histórico. Além de sambas enredos e marchinhas tradicionais, ele enfiou alguns hits do carnaval baiano (Timbalada, Olodum, Araketu) e uma versão absolutamente genial para a grudenta “Chifre Não É Asa”, da Thayná Bitencourt, cujo refrão era acompanhado a pleno pulmões pela galera: “Foi traída e quer se matar, / Ameaçou se jogar da sacada, / Não custa nada lembrar / Isso é chifre, não é asa.”

Depois do showzaço de Auzier do Samba, entrou em campo a Orquestra de Frevo Manaus, do Sargento Ramalho, que também não deixou ninguém ficar parado. As equipes de segurança (seis PMs, três bombeiros e uma viatura de apoio) garantiram que foi o carnaval mais pacífico que presenciaram esse ano e elogiaram os organizadores da fuzarca. No próximo ano tem mais.

Sobre o Autor

Simão Pessoa

nasceu em Manaus no dia 10 de maio de 1956, filho de Simão Monteiro Pessoa e Celeste da Silva Pessoa.
É Engenheiro Eletrônico formado pela UTAM (1977), com pós-graduação em Administração pela FGV-SP (1989).
Poeta, compositor e cronista.
Foi fundador e presidente do Sindicato de Escritores do Amazonas e do Coletivo Gens da Selva.

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