Por Marcos de Vasconcellos
Na agência Esquire atuavam Fernando Barbosa Lima, um dos sócios, e Carlos Alberto Loffler como produtor, diretor, inventor, quebra-galho, etc. Uma vez por semana eram obrigados a ir para Belo Horizonte onde faziam um programa de TV, levando a troupe: Borjalo, Tarcísio e Haroldo Holanda, Armando Nogueira, Cecil Thiré, Sargentelli e o fatal Cícero Carvalho além de outros.
Todos, rigorosamente todos se pelavam de medo de avião que naquele tempo, de fato, era um objeto meio voador, aterrorizante, muitíssimo mais pesado que o ar e ainda por cima movido à explosão.
Durante a tortura da viagem, o Borjalo notou que o Cícero invocava muito um certo Santo Abreu e quis saber que diabo de santo era aquele.
— Santo novo — explicou Cícero. — Português. Foi canonizado a semana passada. Sou devoto dele. Deve estar no céu, coçando o saco, doido pra fazer um milagre.
Até hoje Borjalo só apela, nas horas aflitas, para o pio luso.