Humor

Bilionários brasileiros alienados não querem ser Bruce Wayne!

O grande problema do Brasil é a elite elitista e sem compromisso social
Postado por Simão Pessoa

Por Edson Aran

O problema do Brasil é a “zelite”, como diz o Incrível Lula e sua fiel companheira, a Sensacional Janja.

Empresário brasileiro não tem compromisso social algum, ao contrário do americano. Tony Stark, por exemplo, tira onde que é cientista espacial, mas também é Homem de Ferro – elétrico, atômico e genial. Quando não está administrando sua corporação multibilionária, a Stark Enterprises, ele entra numa armadura brilhante e sai pelo mundo trucidando terroristas. Outro exemplo é Bruce Wayne. Quando as trevas caem sobre as ruas fétidas da cidade adormecida, o CEO das Corporações Wayne se veste de morcego e sai pelos becos escuros para espancar pessoas.

Empresário brasileiro faz isso?

Claro que não!

Você já viu o Jorge Paulo Lehmann pulando de prédio em prédio como “The Americanas Man”? O Carlos Alberto Sicupira se esgueirando pelas ruas como “Cervejomem, o Homem Lúpulo”? O Fernando Moreira Salles enfrentando ameaças cósmicas como “Dollar Bill, o Banqueiro de Aço”?

Nunca! Eles preferem ficar de boa nas Ilhas Cayman onde não há mal algum a ser combatido, a não ser, talvez, a maré alta do aquecimento global. A falta de engajamento do bilionário brasileiro é a principal causa do nosso atraso sócio-econômico-cultural.

“Beto Sicupira, ao resgateeee!”

Parte da culpa, no entanto, é da própria mídia, é forçoso admitir. Nunca li editorial exigindo que o – digamos – João Moreira Salles se transforme no “Capitão Piauí” e saia no braço com vilões supremacistas da Segunda Guerra Mundial.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, se um empresário não faz a sua parte, a imprensa não apenas o denuncia, como também o cobre de porrada. O repórter Clark Kent, do “The Daily Planet”, vive alertando sobre a falta de engajamento do mega-empresário Lex Luthor, cuja única preocupação é colecionar meteoros de kryptonita.

O Brasil só vai mudar quando todos os bilionários do país tiverem sede de justiça e cueca por cima da calça. Se não quiserem arriscar a própria vida, coisa bastante compreensível, eles podem financiar uma equipe nacional de Vingadores, ora.

O Inusitado Homem Calango! A Incrível Mulher Macho! O Absurdo Anta Humana! A Bela Big Sister e o Sarado Big Brother! A Aclamada Vaca Sagrada e o Bezerro de Ouro! O Furioso Influencer Flamejante! O Selvagem Homem Ariranha! O Destemido Jegue Justiceiro! A Dupla Dinâmica Alegoria e Adereço! A Gloriosa Madrinha de Bateria! O Colossal Carnavalesco Cósmico!

Só não vale exigir renúncia fiscal pra comprar os uniformes, ok?

Estamos de olho.

 

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Sobre o Autor

Simão Pessoa

nasceu em Manaus no dia 10 de maio de 1956, filho de Simão Monteiro Pessoa e Celeste da Silva Pessoa.
É Engenheiro Eletrônico formado pela UTAM (1977), com pós-graduação em Administração pela FGV-SP (1989).
Poeta, compositor e cronista.
Foi fundador e presidente do Sindicato de Escritores do Amazonas e do Coletivo Gens da Selva.

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