Como é de seu feitio, os biqueiros mais uma vez começaram o ano em meio a uma tempestade em copo d’água. A ala cor-de-rosa queria malhar o Capitão. A ala verde-oliva queria malhar o Molusco. A ala azul-arara queria malhar o desmatamento na careca do Ozônio. A ala black & white queria malhar o pé de goiabeira da ministra boquirrota.
Prevaleceu o bom senso e a bola da vez será mesmo o maior fenômeno eleitoral dos últimos 40 anos. Os pais-de-santo da banda já estão providenciando novas marchinhas para entrar na disputa a partir da próxima quinta-feira, dia 17. A primeira a ser divulgada é essa aí. Curtam:
Jacaré-tinga do Grão-Pará: de mãos dadas ninguém é leso pra roubar!
Letra: Rogélio Casado, Deocleciano Souza e Orlando Farias
Música: Celito Chaves
Médium: João de Deus
Música incidental: “Caminhando, cantando e seguindo a canção, somos todos iguais, paraenses ou não…”
O jacaré-tinga veio lá do Grão-Pará
Caiu de paraquedas no seringal do Negão
Meteu bronca num monte de xis-caboquinho
E foi pro trono na sua primeira eleição
O Porto de Lenha voltou a ser província
Cunhã poranga vai dançar carimbó
Jaraqui frito perdeu a vez pra maniçoba
Tem aviú no tucupi do meu bodó
Chegou ao fim a dinastia tucuxi
A zorra franca já tem até um general
Na profecia tupinambá de que um dia
Isso aqui seria um imenso Parazal
A Lurdes disse e o Armando confirmou:
Uma coisa ninguém pode negar,
De mãos dadas ninguém é leso pra roubar!
O sonho do jacaré-tinga é virar jacaré açu e ter uma goela grande igualzinha à do Dudu… do Dudu (bis)